Subida recorde das emissões de dióxido de carbono

Pesquisas recentes apontam para uma subida vertiginosa das emissões de dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis nos últimos 20 anos, dando ao Mundo muito menos hipóteses de evitar as alterações climáticas perigosas. A matéria foi o centro das atenções na reunião que decorre esta semana em Durban, África do Sul, no encontro da Organização das Nações Unidas para o Clima. As perspectivas de um novo tratado global estagnaram com profundas divisões entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Certo é que pouco foi alcançado nos últimos anos na redução dos riscos das mudanças climáticas, enquanto se impõe ainda um grande esforço ao nível das energias renováveis, cujo aproveitamento está muito aquém das expectativas.

Pesquisas recentes apontam para uma subida vertiginosa das emissões de dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis nos últimos 20 anos, dando ao Mundo muito menos hipóteses de evitar as alterações climáticas perigosas.

A matéria foi o centro das atenções na reunião que decorre esta semana em Durban, África do Sul, no encontro da Organização das Nações Unidas para o Clima. As perspectivas de um novo tratado global estagnaram com profundas divisões entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Certo é que pouco foi alcançado nos últimos anos na redução dos riscos das mudanças climáticas, enquanto se impõe ainda um grande esforço ao nível das energias renováveis, cujo aproveitamento está muito aquém das expectativas.

Enquanto não se alcança um consenso, as hipóteses de manter a temperatura global sobe para menos de 2 Cº, acima dos níveis pré-industriais – o que os cientistas consideram como o limite de segurança -, ou seja, para além do qual a mudança climática torna-se catastrófica e irreversível.

Certo é que urge um novo tratado até 2020, sob pena de vir a ser tarde demais para resolução do problema, adverte Corinne Led Quérè, directora do Centro Tyndall para a Pesquisa sobre as Alterações Climáticas da Universidade de East Anglia, a não ser que sejam adotadas fortes medidas até lá.

Alguns Governos e conselheiros políticos defendem por outro lado uma abordagem assente num sistema de reduções voluntárias de emissões empreendidas pelos Governos e indústrias, provavelmente mais eficaz que propriamente um tratado. No entanto, os esforços para reduzir as emissões têm tido pouco impacto fora da Europa, onde as emissões diminuíram com sucesso.

No ano passado, as emissões de queima de combustíveis aumentaram 5,9%, elevando o aumento total desde 1990 para 49%, o ano de referência para cálculo de emissões sob o Protocolo do Quioto, uma taxa média de crescimento de cerca de 3,1% ao ano.

Com a crise económica a afetar os países desenvolvidos, os especialistas esperavam que servisse de oportunidade para estes investirem em infra-estruturas de baixo carbono, o que não sucedeu. Por outro lado, estão crentes de que “a transição para uma economia verde nunca pareceu mais atraente”, advoga Julia Steinberger, professora de Economia Ecológica no Instituto de Investigação Sustentável da Universidade de Leeds.

10/01/2012