Lagoa apresenta Casa da Água a Concurso Municípios do Ano 2018
A Câmara Municipal de Lagoa apresentou uma candidatura para o Concurso Municípios do Ano Portugal 2018 com o projeto recentemente inaugurado: Casa da Água.
O concurso em causa é promovido pela Universidade do Minho, através da sua plataforma UM – Cidades, e visa reconhecer as boas práticas dos municípios portugueses em projetos implementados com impactos assinaláveis nas vilas, cidades ou no território, na economia e na sociedade, que promovam crescimento, a inclusão e a sustentabilidade e que têm sido criados após 1 de janeiro de 2016.
Assim, numa lógica de desenvolvimento integrado, o município de Lagoa concorre com o projeto Casa da Água, implementado a 14 de junho de 2018, no âmbito do Orçamento Participativo Jovem – OPJ, com um investimento de cerca de 35 mil euros, localizado no lugar dos Remédios, em Santa Cruz.
Trata-se de um antigo posto de leite que se encontrava desativado e que foi adaptado para apoiar atividades de montanha e sensibilização ambiental, onde turistas e visitantes poderão, similarmente, obter informações sobre o património ambiental, nomeadamente no que diz respeito à rede de trilhos que o concelho de Lagoa possui e que integra a designada Rota da Água. É possível igualmente neste equipamento, usufruir, num regime de aluguer de bicicletas, capas de chuva, obter informação turística, bem como dispor de um espaço de descanso e contemplação, pré ou pós percurso, com Wi Fi gratuito.
Por outro lado, a Casa da Água apresenta ainda uma interessante particularidade assente na promoção do consumo de água da torneira que, na Lagoa, caracteriza-se pela elevada qualidade, atestada nos seus indicadores e consubstanciada no selo de qualidade 2017, atribuído ao Município de Lagoa pela ERSARA. Nesta medida, desempenha, assim, mais um importante papel na vertente de sensibilização e educação ambiental, precisamente, pela disponibilização de um ponto para o enchimento de água, num espaço estético e tecnicamente adaptada para o efeito, evitando-se o uso excessivo de água engarrafada de plástico de um só uso, privilegiando a diminuição dos resíduos produzidos numa lógica de sustentabilidade dos nossos recursos, elemento principal e diferenciador desta infraestrutura.
Ricardo Martins Mota, Vice-presidente da Câmara Municipal de Lagoa, salienta que, “a Casa da Água é um projeto inovador que, por um lado, não só devolveu a utilidade de uma ruína que já representou a dinâmica, em outros tempos, associada à atividade industrial pecuária, como também se pretendeu salvaguardar essa identidade histórica pela manutenção de alguns elementos, como a inscrição na fachada de “Laticínios Loreto”. Trata-se de um equipamento localizado ao pé de um parque de merendas dos Remédios, onde é possível vislumbrar uma vista magnânima sobre a cidade de Lagoa e Ponta Delgada, num ambiente convidativo ao lazer, convívio e ao contacto com a natureza.
Este, é também um projeto que representa progresso, melhoramento e desenvolvimento para a cidade de Lagoa, dando a conhecer o melhor do seu património ambiental, numa ótica de boas práticas saudáveis, promovendo atividade física, a mobilidade suave e, em simultâneo, a sustentabilidade do território, pela promoção de boas práticas ambientais no elementar respeito pelo meio ambiente, onde a água, bem essencial à vida, é um elemento diferenciador que se oferece a quem visita este concelho.”
É um projeto que, em seu entender, “tem permitido também a promoção turística do concelho de Lagoa, em particular do lugar dos Remédios, disponibilizando-se, para o efeito, guias e identificação de locais de interesse a visitar, sempre numa ótica de promoção de desporto através da prática de atividade física, quer a caminhar quer por bicicleta, cuja entrega da mesma pode ser feita na Casa da Água ou no Complexo Municipal de Piscinas, numa integração de serviços municipais que a autarquia dispõe.”
Não menos importante é o facto desta “infraestrutura representar, em simultâneo, um fator de fixação de turistas na Lagoa, com claros benefícios económicos para a restauração e alojamento que, efetivamente, se pode tornar exemplo para outros municípios que poderão aproveitar imóveis abandonados, preservando a sua história local, dando-lhes uma utilidade para que sirvam não só a população local, mas também quem visita um determinado território”, acrescenta o autarca.
Por fim, refere que, "o desenvolvimento deste projeto apenas o foi possível pelos valores de responsabilidade social que norteiam o Grupo de Laticínios Bel Portugal, proprietário do imóvel e que o cedeu à autarquia de Lagoa, no âmbito de um contrato de comodato, no objetivo de uma lógica de desenvolvimento e bem estar integrado de uma comunidade".
De salientar que este concurso através do qual serão atribuídos 9 prémios, traduzidos em galardão, destaca-se a categoria do Município do Ano Regiões Autónomas 2018, para municípios das NUT2 Madeira e Açores, ao qual a Lagoa se candidata.
Fonte: Câmara Municipal da Lagoa
É a primeira entidade a querer e fazer preservar os valores que fazem dos Açores, e da ilha de S.Miguel em particular, um local apetecível e aprazível para estar e viver.