ONU alerta para impacto dos plásticos e fertilizantes nos oceanos

Acaba de ser lançado o Livro do Ano 2011 do Programa do Ambiente das Nações Unidas (UNEP). Trata-se de uma chamada de atenção para a quantidade de fosfato que é lançada ao mar, resultante da ineficiência da agricultura, falhando assim a reciclagem das águas residuais. Outro grito de alerta vai para o problema da poluição dos plásticos. Peritos citados no Livro do Ano advertem para a necessidade de melhor gestão dos desperdícios e desempenho dos padrões de consumo e de produção. Para o director executivo do UNEP, Achim Steiner, “a evolução do fosfato e plásticos marinhos apontam para a necessidade urgente de reduzir o fosso científico, bem como catalisar uma transição global para uma fonte eficiente da Green Economy, de forma a atingir o desenvolvimento sustentável e combater a pobreza”.

Acaba de ser lançado o Livro do Ano 2011 do Programa do Ambiente das Nações Unidas (UNEP). Trata-se de uma chamada de atenção para a quantidade de fosfato que é lançada ao mar, resultante da ineficiência da agricultura, falhando assim a reciclagem das águas residuais. Outro grito de alerta vai para o problema da poluição dos plásticos.

Peritos citados no Livro do Ano advertem para a necessidade de melhor gestão dos desperdícios e desempenho dos padrões de consumo e de produção. Para o director executivo do UNEP, Achim Steiner, “a evolução do fosfato e plásticos marinhos apontam para a necessidade urgente de reduzir o fosso científico, bem como catalisar uma transição global para uma fonte eficiente da Green Economy, de forma a atingir o desenvolvimento sustentável e combater a pobreza”.
“Quer seja o fosfato, plástico ou qualquer outro da miríade de desafios face o mundo moderno, há claramente inúmeras oportunidades de gerar novos empregos e outros tipos de indústrias eficientes”, acrescenta Achim Steiner.
O Livro do Ano 2011 traz à luz o problema do fosfato, situação que se consolidou ao longo do século XX, em parte devido às reservas de fosfato que deverão estar a chegar ao fim. Estima-se que 35 países produzem rocha de fosfato juntamente com 10 países com as maiores reservas desta matéria, como a Argélia, China, Israel, Jordânia, Rússia, África do Sul, Síria e Estados Unidos da América. Novas minas de fosfato têm vindo a ser licenciadas em países como Austrália, Peru, e Arábia Saudita, enquanto outros países têm procurado outras fontes, inclusivamente na costa da Namíbia.
O Livro do Ano apela a uma avaliação global do fosfato, mapear os fluxos de fosfato no meio ambiente e fazer uma previsão dos níveis de reservas economicamente viáveis. ”Enquanto existe uma quantidade de rocha de fosfato a ser comercializada em diversos países, aqueles sem qualquer reserva doméstica ficam vulneráveis mediante deficiências globais”, salienta a publicação.
É necessário investigar a forma como o fosfato influencia o ambiente de maneira a maximizar o seu uso na agricultura e armazenamento, cortar o desperdício enquanto se reduz o impacto no meio ambiente, incluindo rios e oceanos, conforme o Livro do Ano.
A obra aponta também para a grande oportunidade de reciclar águas residuais. Mais de 70% desta água é carregada de nutrientes e fertilizantes como o fosfato, cujas descargas não são tratadas e são atiradas para os rios e áreas costeiras.
Outras medidas que visam a redução de descargas, incluem reduzir a erosão e a perda de solo, onde largas quantidades de fosfato são associadas a partículas de solo e excesso de fertilizante depois da sua aplicação.
O Livro do Ano foca ainda uma preocupação emergente que se prende com as persistentes substâncias tóxicas associadas aos plásticos marinhos. Investigações indicam que pequenos pedaços de plásticos estão a aderir e a concentrar-se das águas do mar a sedimentos de uma vasta gama de químicos de bifenilos policlorados (PCBs) do pesticida DDT.
“Muitos desses poluentes incluindo PCBs causam efeitos crónicos como disruptores endócrinos, mutagénico e de carcinogenicidade”, segundo o Livro do Ano.
Pode importar o Livro do Ano 2011 a partir do seguinte link:       
http://www.unep.org/yearbook/2011/

Fonte : UN News Centre

22/03/2011